sábado, 13 de novembro de 2010

12-11-2010

Sempre quando falavam para não cair no caminho das drogas, imaginava aquela imagem da floresta que de uma única estrada surgiam dois novos caminhos em direções diferentes sem a visão de até onde eles poderiam nos levar. Trago sempre comigo essa imaginação dos caminhos da vida, mas usava a indiferença como meio de não me abalar com as escolhas feitas, sejam elas boas ou ruins. Com medo de que no futuro aquilo que era bom se transformasse em ruim, e que o ruim se transformasse em algo bom, preferi sempre seguir pelo rumo que mais me parecia sensato e lógico. Às vezes nem percebia que havia feito alguma escolha, só notava a diferença no modo de viver quando sentia falta de algo. Mas isso que chamava de ”indiferença”, na verdade era e sempre foi medo de fraquejar e não conseguir levantar. Não levar em conta os sentimentos positivos, ou simplesmente viver o “tanto faz, pois tudo tem sempre dois lados”, foi uma escolha de como encarar as adversidades. Existem de fato momentos que são os chamados “vai ou racha”, “agora ou nunca”, “tudo ou nada”. Esses sãos os momentos decisivos, que a escolha é feita baseada em muitas coisas e de modo claro. Mas nem sempre sabemos olhar para os momentos decisivos como decisivos, e o rumo que tomamos com certeza será questionado no futuro, por não termos tido o ímpeto de assumir uma posição e resolver mudar. Mudar talvez ao seja a palavra, pois o momento talvez não seja para mudanças e sim para posicionamento diante do caminho a ser seguido.

Falhei quando não prestei atenção ao momento decisivo que me apareceu antes e agora questiono o rumo que tomei por temer fraquejar e ser sensível. Busquei na indiferença uma força e proteção contra a sensação de perda, que na verdade era medo de seguir por um novo caminho. Encontro-me de novo em um momento decisivo, mas agora senti o momento, e mesmo sabendo que essa estrada não é a que deveria ter seguido quilômetros atrás, não posso voltar e apagar o que aconteceu até agora. Descobrir o que me trouxe até aqui, talvez seja o segredo para seguir em frente por um caminho desconhecido e inesperado. Quem sabe se esse caminho não é apenas um atalho para o que sempre quis? Buscar o equilíbrio entre a indiferença e a sensibilidade deve ser a receita para encarar sempre bem o caminho escolhido até o final.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Como explicar sentir algo por alguém que nunca vimos e que sabemos que existe, mas não temos certeza do quão real é, pois sempre nos deixamos levar pela imaginação e o desejo incontrolável na maior parte das vezes em ter essa pessoa presente nas nossas vidas? Como?
Manter-se longe, distante, evitar o contato, métodos que servem apenas para se enganar e quando menos se percebe, já está sentindo aquilo de novo. Não deixar o outro a assumir o erro, sempre pedir desculpa na tentativa equivocada e sem noção de não ver essa pessoa longe, são erros que nem sempre percebemos que estamos tendo, mas não conseguimos nos manter longe, isso tudo em prol de uma “presença” que queremos evitar que se transforme em distância.
Mas até quando devemos sempre dizer “desculpa se errei”, “desculpe se ofendi”, “desculpa se magoei”, e muitos outros “desculpas”, só para não “perder” quem não nos pertence mais (se é que um dia de verdade pertenceu)?
E mesmo quando não estamos falando algo pra ofender, em tom de brincadeira, acabamos ofendendo, é quase obrigatório assumir a culpa e de novo pedir “desculpa”. Não levando em conta que minutos antes você foi o alvo da brincadeira e de ironias, mas isso não importa. Sempre o errado é você.
Não adianta se falar que já faz meses que acabou, e que você já se esforçou o máximo que pode, sem nunca ter havido uma aproximação do outro para lhe dizer que não queria mais e que não queria te magoar, mas mesmo assim você é o errado.
Tentar uma amizade por quem o seu coração bate em ritmo acelerado não dá certo, na apenas pelas intrigas que podem vir a ter, mas pelas manias que sempre existiram e existirão, dentre elas aquele que você sempre pedirá desculpa e será o culpado.
Por mais que doa, que machuque, e que te faça novamente sofrer, é preciso esquecer, impossível dizer isso ao coração, mas é obrigatório esquecer.
Você também me magoou, me machucou, fez piadinhas e ironias, mas nem se importou, porque sempre há de me importar com o que você sente? Será porque ainda gosto? Um pouco óbvia essa resposta...

bye

Ai, que falta faz às vezes um ombro amigo, não apenas pra dar risadas e ‘brisar’, mas pra ouvir você reclamar sempre das mesmas coisas. Pode ser que neste dia o amigo esteja inspirado e resolva te xingar e te dar uns tapas na cara, pode ser que ele esteja apenas afim de concordar com você, mas o simples fato dele estar ali já faz diferença.
Mas infelizmente chegam momentos que teremos de nos separar, pode ser esse o fim de uma amizade, ou o início de uma série de coisas novas para contar para o friend.
Não é bom ficar pensando em despedidas, em especial quando é uma despedida que não deixa rastros para o que virá no futuro.
Mas, toda despedida tem seu lado bom, de sempre poder lembrar e relembrar o que já se passou, e é assim que me sinto agora. Dando altas risadas (literalmente) do que já aconteceu. Coisas não tão legais assim, que me fizeram fechar um pouco (mais) a cara, ou simplesmente sentir a necessidade de uma conversa séria.
Sei que conselho se fosse bom não dava, vendia, mas como não querer o bem de um amigo, em especial se ele adora aprontar (auhsaushaus).
Mesmo sabendo que ele ouve músicas estranhas, de cantores bizarros e bandas toscas. De bandas com caras que não se assumem gays (-q), mas que o motivam sempre a buscar algo.
Sabe, posso nunca ter dito isso, ou achado um modo legal de me expressar, mas você é importante pra mim!, e se me ausentei, é porque confiei que você era capaz de seguir sozinho.
Ah, não digo isso sempre, mas, você sabe que eu também te amo.
Boa sorte de agora em diante, bebêzão.

Tchau, Pâm!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Datas especiais sempre trazem sensações especiais, um humor especial, atitudes especiais, mas nem sempre nos mostra que somos especiais de verdade, pois raras às vezes lembram-se de nós em outro dia do ano que não seja o nosso aniversário. Sorrisos, abraços, a falsa sensação de estar maravilhada dura até o dia seguinte. Falsa sensação, pois por mais que achamos que não poderia ter sido melhor, lá no fundinho sentimos que tem uma bolhinha de ar que deixa aquele espaço vazio.
Ficar mais velha. 'aiai' Não implica apenas em poder ter a sua própria conta na loja ou o voto obrigatório na escolha do próximo ladrão, mas implica sim no fato de mudar um pouco a forma de pensar. Tentar não agir tanto por impulso, tentar pensar sempre duas vezes antes de fazer algo e tentando visualizar a conseqüência desse ato, assumir os erros e acertos aos quais você mesmo se propôs. Tentar não ser criança mais, porém sem deixar de ver desenho animado.
Pensar no futuro nem sempre é bom, pois às vezes visualizamos algo que não queremos ou percebemos que nem tudo é como queremos ou planejamos. Não ter ao lado pessoas que as vezes criticamos tanto, mas que fazem tanta coisa por nós, coisas pequenas, mas que um amigo de quarto de faculdade não daria a mínima moral.
A frase mor dos últimos dois meses: "as coisas não são nada fáceis, não vai ser fácil". Nunca esperei que me dissessem que fosse fácil ou moderado, mas também não tinha noção que deixariam tão explícito para mim que seria extremamente difícil.
Encarar daqui dois meses aquilo que hoje chamo de futuro não será uma das tarefas mais fáceis, talvez seja mais difícil do que a própria vida fora do ninho da mamãe, pois será o momento de decisão, de olhar para trás e ter a certeza de que a incerteza é a única coisa que você tem no exato momento e que aquilo que você disse de certeza não existe.
Por mais que a incerteza seja a única certeza que você tem, é melhor ter certeza dessa incerteza, pois a falsa sensação de certeza e o excesso de falta de incertezas tapam-lhe a visão e o impede de ver o que realmente importa e para o que devemos de verdade buscar a certeza.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A liberdade faz parte do processo de crescimento, não apenas do crescimento individual de uma pessoa, o amadurecimento, mas também de um relacionamento, de uma amizade. Ser livre não quer dizer fazer tudo o que quiser ou ter vontade, significa estar em paz consigo mesmo, ter noção das suas atitudes e de suas conseqüências. Isso não implica no fato que não se deve divertir, pois não vemos ou ouvimos dizer em diversão nas etapas da vida de uma pessoa “nasce, cresce, estuda, vai para faculdade, trabalha, casa, tem filho e morre”. Simples e básico, sempre. Não levamos em consideração as escolhas de alguém, não prestamos atenção que fazemos parte das escolhas de alguém, alguém não presta atenção que faz parte da nossa escolha, e deixamos de lado a diversão para viver o básico sempre. Mesmo quando estamos em busca da liberdade, liberdade essa que sempre está o mais longe possível só para se poder reclamar cada vez mais, deixamos de divertir para sermos centrados. Não conseguimos misturar as histórias, os enredos, as narrações. Temos sempre que viver um de cada vez, mas sempre pensamos no outro e deixamos o atual para que o acaso e o tempo resolvam, pois o outro que será o próximo é mais legal, mas quando ele chega também é deixado de lado, pois nunca nos contentamos com o que temos e estamos vivendo, tendo sempre que buscar a liberdade. Liberdade sempre tem o seu significado deturpado. Liberdade é poder viver se divertindo, viver feliz, mesmo que a alegria e a felicidade sejam passageiras, pois a paz que nos trazem fica. Não buscamos nossa liberdade nos divertindo, buscamos nossa liberdade sofrendo e chorando , deixando assim de ser liberdade, pois na verdade, estamos é preso dentro de nossa própria liberdade.

sábado, 18 de julho de 2009

Durante 9 segundos tudo pode acabar e mudar. Durante 9 minutos teremos o tempo necessário pra saber se devemos mudar. Durante 9 horas teremos os segundos e minutos exatos para se construir algo diferente e assim tudo mudar. Durante 9 meses teremos a certeza que as vidas se unem e se formam mais rápido que um piscar de olhos. E que um 'eu te amo' dura mais que todos os anos existente da união dos seguns e minutos.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

No cotidiano rotineiro, surgem dúvidas e perguntas muitas vezes sem resposta. Esforço e dedicação são duas coisas que geralmente não medimos, mas que fazem uma diferença gigantesca no modo como tratamos alguém. Talvez pelo modo sossegado como levo (ou tento levar) a vida, sempre duvidam que faço algo além de minha capacidade ou que simplesmente não me esforço para com nada. Ouço muitas vezes “esse programa é muito bom, mas é mais complicado que a versão anterior”. Isso me soa como um ar de que estão duvidando de que sou capaz de me dedicar a aprender os modos certos de usar aquele programa. Ou talvez ainda, que pelo simples fato de entender um pouco sobre determinado assunto, tenho sempre que saber tudo e acabam que por me “desafiando” para resolver determinada situação que envolve a minha facilidade. O modo como ouvimos ou lemos uma palavra não é exatamente idêntico ao modo como elas são ditas ou escritas. Assim como nos jogos de futebol, tudo depende da interpretação (no futebol, interpretação do árbitro). Expressões como “eu te amo” terão sempre o mesmo sentido e significado, mas nem sempre serão expressas da mesma forma. Podemos dizer “eu te amo” de modo mais sexy, ou de modo mais fraterno, mas sempre terão o mais significado. Na rotina de cada dia, às vezes não temos muito tempo para analisar o sentido real de tudo aquilo que nos é falado, dando-nos assim a opção de ter apenas a primeira impressão do que foi dito. Não sou do tipo que demonstra muito os sentimentos e emoções e nem que se esforça explicitamente para alguma coisa (a menos que seja em situações emergenciais). Talvez não me esforce muito com coisas pesadas que me façam suar e ficar correndo de modo afobado, mas sou do tipo que em silêncio se esforça o suficiente para fazer com que a pessoa que para mim é importante, sinta-se o melhor possível. Não estou me achando e nem deixado a modéstia de lado, mas simplesmente gosto de me dedicar aos amigos. Podemos ser o que for, mas sempre antes de tudo, ser amigo. Amigo pra mim só tem um único significado e sentido, talvez não seja um significado muito dedutível, é algo que não tem como explicar. Não faço algo esperando que receba alguma em troca, até por que, se faço para amigo é de coração. Mas a consideração que temos pelas pessoas vai além de sorrisos bonitinhos e palavras muitas vezes com muitos sentidos e modos interpretativos diferentes. Saber usar a palavra não é simplesmente usar “crase” ou saber quando é “um s” ou “dois s”, mas sim saber que a palavra marca profundamente o sentimento de alguém que dizemos ter “consideração”. Ser amigo não é apenas ter os mesmos gostos, é fazer jus ao único significado que essa palavra imprime. Ser esforçado e dedicado não é simplesmente ficar suado ou cansado, é se orgulhar e se sentir bem com o resultado final do que foi feito com esforço. Esforço não é apenas suar, esforço é dedicação acima de tudo.